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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Entrevista a Alexandre Frota após encontro com familia, fãs e amigos



Em entrevista  Alexandre Frota se intitula "O dono do jogo", aos 48 anos : “sobrevivi a tudo e a todos, agora faço as coisas quando quero, com quem eu quero, e sai da maneira que eu quero, ok?” Ok. Foi sob essa condição que o ator, DJ, produtor e sex symbol nos concedeu uma entrevista, momentos antes de treinar com seu time de futebol americano, o Corinthians Steam Rollers, no Sport Club do Timão.

Escoltado por crianças, Frota magnetizava a atenção de todos presentes na Rua São Jorge, 777. O porte físico e o histórico polêmico poderiam intimidar alguns desavisados, mas seu carisma derretia qualquer gelo entre ele e seus fãs.

Ao que tudo indica, o eterno bad boy já não é mais tão bad assim: “passei dessa fase, sou um cara mais família”, justifica. Mas não poderíamos esquecer que o ator deu (e como!) o que falar: “pode juntar o Lobão e o João Gordo, que minha vida não dá para os dois. A história deles é louca, mas a minha, é bem louca”.

Chegou a hora de descobrirmos quem é a pessoa por trás das tatuagens, da cara marrenta e do corpo escultural. Confira a nossa entrevista e saiba o que acontece no fantástico mundo de Frota.

ObaOba: Quem é o Frota e o que você queria ser quando criança? 

Alexandre Frota: Eu ando por tribos e caminhos que poucos conseguem, sou um cara que se quiser janto no Fasano (considerado um dos restaurantes mais caros de São Paulo), mas adoro comer no Estação (lanchonete no centro da cidade, frequentada por boêmios, cults, travestis e prostitutas), dá pra entender? Trabalho durante o dia, acordo cedo para malhar, tenho treino do Corinthians, levo o Enzo (seu enteado) na escola. Minha vida é uma loucura, graças a Deus. Tive uma infância classe média baixa. Fui um garoto de subúrbio do Rio de Janeiro, criado na rua. Queria ser Oficial da Marinha, mas minha mãe era secretária executiva da faculdade de Teatro do Rio, e meu pai, produtor da TV Globo. Eu respirava isso. Em determinado momento, optei por fazer teatro, e aí troquei radicalmente.

Como você começou na TV?

Entrei para a Globo em 1986. Não foi difícil, fiz dois testes no mesmo dia e passei. Comecei com a novela “Livre para Voar”, com o Tony Ramos e a Carla Camuratti. Trabalhei 12 anos lá e saí porque meu ciclo terminou. Acabei vindo para São Paulo fazer a peça "Blue Jeans", e me apaixonei pela cidade. Me adaptei bem, todos me receberam com carinho. Então fiquei.

Atualmente você faz parte do time de futebol americano do Corinthians. Você é corinthiano?

Sou Flamengo. Mas quando eu entro no Corinthians, jogo como corinthiano. Fui recebido pelo time com a camisa 77, que é uma homenagem ao Campeonato de 1977. Se eu tivesse nascido em São Paulo, seria meu time. Curto bastante o esporte pelo esporte também, tem a ver comigo, de contato, de força; agressivo.


Você é um homem vaidoso e está sempre em cima, mesmo com 48 anos. Como mantém seu físico?

Não sou muito não. Tenho cabelos brancos, rôo unha, tenho 37 tatuagens. Procuro fazer uma alimentação balanceada e tenho um preparador físico do Corinthians que me acompanha diariamente. Não tem segredo. É se alimentar bem, fazer bastante aeróbico e malhar. De resto é de boa.  

Além de esportista, você é ator, DJ, produtor de conteúdo e até dançou como gogo boy. Por que um caminho tão diferenciado?

Foram os que eu escolhi. É um histórico de sucesso, de vitórias, de fracasso; mas honesto. Independente de qualquer coisa, das pessoas gostarem ou não, sempre fui honesto comigo. Acordei para a vida tarde. Não me planejei e não gerenciei minha carreira: o fato de eu ter vindo para São Paulo, de ter me separado da Claudia Raia, usado drogas, me metido em polêmicas. Namorei com gente famosa, com mulher de diretor. Isso me criou uma série de confusões. Mas não me arrependo, a escola que tive valeu. Pode juntar aí o Lobão, o João Gordo, quem mais for, porque a escola de vida que eu tenho não dá para eles dois. A história do Lobão é louca, mas a minha; é bem louca. Quando não estamos preparados para o sucesso, é normal darmos uma derrapada.

Falando em loucuras, como você caiu no segmento de filme pornô?


Eu não caí. Eu mesmo procurei a produtora (Brasileirinhas), fiz uma proposta, eles analisaram, aceitaram, e eu fiz. Fui porque precisava da grana, porque gosto de sexo e porque foi uma coisa que achei que devia fazer no momento. Pronto. É uma bandeira difícil, cria uma porção de incômodos com família, com amigos, tudo. O Brasil ainda é um país preconceituoso com isso, mas tá feito. As pessoas assistiram, abriu um campo do cinema, criou emprego pra muita gente, deu tudo certo.

Aí você contracenou com a travesti Bianca Soares...

Sim. Perguntaram se eu queria e me ofereceram R$ 150 mil reais. Eu topei.

Na sua opinião, o que você acha que uma pessoa precisa ter para ser ator de filme pornô?

Primeiro gostar de sexo. Segundo, saber fuder [sic]. Terceiro é fazer de verdade, ter a cara e a coragem para fazer. É isso. Não precisa de muita coisa não, não precisa decorar texto, não precisa de nada.

Você já desfilou em duas paradas gays e foi gogo boy em boates. Como se sente sendo um ícone no publico GLBT? 

Sou no mundo hetero também. Podem até falar que eu me acho, mas pra mim isso é normal. Sei que tenho uma levada boa com o público GLBT. Sou um cara que adoro os gays, tenho vários amigos, isso é muito bem definido na minha cabeça. Já posei quatro vezes para a revista G e curto balada GLS. O som é melhor, não tem briga, não tem cara pagando de playboy. Além disso, o fato de ter feito filme com a Bianca não me faz ser tirado de gay. Gosto mesmo é de buceta [sic].

Sua imagem está relacionada diretamente ao sexo. Você tem algum fetiche? Já fez alguma loucura?
Porra [sic], já fiz todos os fetiches. Fiz sexo com três mulheres, com quatro, com 12. Fiz com a Bianca Soares. No motel, no avião, no carro, na praia, na areia, no Rock in Rio. Mas não curto aquelas coisas de sadomasoquismo ou de se vestir com coisas diferentes. Amo sexo por sexo. O que me dá tesão é buceta [sic], mais nada. Também não sou um cara de muitas preliminares. Meu negócio é beijar, chupar bem e meter a pica [sic]. Essa é a real da parada.


Mesmo com tanta polêmica, você continua em evidência. Por que acha que isso acontece?

Porque sou verdadeiro. Posso ter errado, mas se tem uma marca minha é que falo a verdade. Pode doer, as pessoas ficam chateadas, mas eu falo a verdade. E a verdade às vezes dói. Teve um caso em que comentei, em uma entrevista com o Gentilli que comer (sic) a Rita Cadillac foi tipo fuder (sic) minha avó. Aquela é uma verdade. Eu sei que ela ficou chateada, magoada, mas é uma verdade.


Nossa matéria de maior sucesso se chama “O Alexandre Frota está nu”, sobre a compilação de seus ensaios na G Magazine, em 2011. Você posaria nu de novo?

Já passou da época. Fiz quatro revistas, as quatro foram record de público, venderam bastante. Agora estou com cabelos brancos. Tô velho. E tem bastante gente aí para posar.

Sobre sua foto que circulou no facebook lendo Bukowski. Você se identifica com ele? 

Isso foi uma onda, tenho uns amigos que trabalham com internet e pediram para eu fazer a foto. Mas não conheço ele não. Não gosto muito de ler, livro não me dá tesão, revista pornô não me dá tesão, filmes não me dão tesão. Eu não vou para motel pra ficar vendo filme e fuder a mulher [sic]. Tenho mais o que fazer.

Daqui para frente, como você se vê?

Estou focado no meu trabalho (com coordenação de projetos especiais numa emissora de televisão), feliz, cheio de ideias. Sou um cara de televisão, pena que aprendi a fazer tarde. Vejo muitas pessoas me subestimando, falando mal de mim pelas costas. Mas já fiz muita coisa, muito mais do que qualquer um pode imaginar. Passei por tudo e por todos, agora está na hora de curtir. 

Fonte: Obaoba

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